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quarta-feira, 9 de abril de 2014

PETER TOWNSHEND

Peter Dennis Blandford Townshend (Chiswick, Londres, 19 de maio de 1945) é um guitarrista, cantor, compositor e escritor britânico, mais conhecido por seu trabalho com a banda de rock The Who. Sua carreira com o conjunto se estende por mais de quarenta anos, durante os quais ele progrediu para ser considerado uma dos mais influentes das décadas de 1960 e 1970.1
Townshend é o principal compositor do Who, tendo escrito mais de cem canções espalhadas pelos onze álbuns de estúdio do grupo, incluindo trabalhos conceituais e óperas rock como Tommy e Quadrophenia. Embora reconhecido primeiramente como guitarrista, é também cantor e multiinstrumentista, tendo gravado com instrumentos como banjo, acordeão, sintetizador, piano, teclado, baixo e bateria, tanto em seus projetos solo e trabalhos do Who quanto em participações em álbuns de outros artistas.
Townshend também foi colaborador de diversos jornais e revistas, tendo escrito resenhas, artigos e roteiros, trabalhando também como letrista e compositor para diversos grupos musicais. Foi listado na 3ª colocação da lista de "Melhores Guitarristas" do livro The New Book of Rock Lists de Dave Marsh, em 10° na lista de "50 Melhores Guitarristas" da Gibson.com e em 10° na lista de "100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos" da Rolling Stone.2 3 4
Nascido em uma família musical (seu pai Cliff foi saxofonista profissional e sua mãe Betty uma cantora), Townshend demonstrou desde cedo fascinação pela música. Ainda criança foi exposto ao rock and roll americano, ganhando de sua avó aos 12 anos seu primeiro violão.
Em 1961 Townshend matriculou-se na Ealing Art School e, um ano depois, ele e John Entwistle, um antigo colega da Acton County Grammar School, fundaram sua primeira banda, The Confederates, um dueto de Dixieland apresentando Townshend no banjo e Entwistle no trompete. A partir daí eles passaram por outros grupos, finalmente entrando para o The Detours, uma banda de skiffle encabeçada pelo metalúrgico Roger Daltrey que, sob a liderança de Townshend, transformaria-se mais tarde no The Who. Pouco tempo depois eles foram atraídos pelo publicitário mod Peter Meaden, que os convenceu a mudar seu nome para The High Numbers e assumir um estilo mod. Depois de lançar um compacto simples ("Zoot Suit"), eles assinaram contrato com dois novos empresários, Chris Stamp e Kit Lambert. Era o início da carreira do The Who.
Depois de alguns meses o The High Numbers voltou a se chamar The Who. Os primeiros compactos simples que Townshend compôs para a banda, como "I Can't Explain", "Substitute" e "My Generation", combinavam um senso lírico irônico e psicologicamente astuto com uma música impactante, às vezes crua, uma mistura que se tornaria a marca registrada da banda. Durante os primórdios do The Who, Townshend se tornou conhecido por seu estilo excêntrico no palco, frequentemente interrompendo os shows para dar longas explicações sobre as músicas, girando seu braço direito contra as cordas da guitarra e às vezes destruindo completamente seu instrumento. Embora a primeira guitarra tenha sido quebrada por acidente, a destruição no palco se tornaria uma rotina nas apresentações da banda. Townshend, sempre volúvel em suas entrevistas, relacionaria mais tarde essa rotina com as teorias do pintor austríaco Gustav Metzeger sobre a arte auto-destrutiva, as quais ele foi exposto na escola de arte.
O The Who ainda continua a se apresentar, apesar da morte de dois de seus integrantes originais. Eles são considerados por muitos críticos de rock como uma das melhores bandas do final dos anos 60 e começo dos 70, resultado de uma combinação única de volume no talo, carisma, uma ampla variedade de ritmos e um som altamente energético que se alternava entre acordes estritamente necessários e improvisos generosos.
Townshend se destacou como compositor principal do grupo, contribuindo com mais de 100 canções espalhadas entre os 10 álbuns de estúdio da banda. Entre seus trabalhos mais conhecidos está a criação de Tommy, para o qual o termo "ópera rock" foi criado, além da inovação no uso de feedback e a introdução do sintetizador como um instrumento de rock. Townshend revisitou a técnica de contar histórias em álbuns várias vezes durante sua carreira, e permanece como o músico mais associado ao formato de ópera-rock. Townshend também demonstrou um talento prodigioso na guitarra, sendo de importância primordial no desenvolvimento de um estilo único que combinava aspectos de guitarra rítmica e base numa mistura característica de abandono e sutileza.
Townshend foi casado com Karen Astley de 1968 a 1994. Eles tiveram três filhos, Emma (nascida em 1969), Aminta (nascida em 1971) e Joseph (nascido em 1989). Embora separado, o casal se divorciou oficialmente apenas em 2009. Pete vive atualmente em Richmond, Inglaterra, com a cantora e pianista Rachel Fuller.

Influências

Entre as maiores influências de Townshend na guitarra estão Link Wray, John Lee Hooker e Hank Marvin do The Shadows. No final dos anos 70 ele teve a chance de tocar com seu herói Hank Marvin durante as sessões da Rockestra de Paul McCartney, juntamente com outros respeitáveis músicos como David Gilmour, John Bonham e Ronnie Lane.

Religião

No final dos anos 60, Townshend tornou-se seguidor do místico indiano Meher Baba, que fundia em sua fé elementos do misticismo budista e sufi com cristianismo tradicional. Os ensinamentos de Baba foram a fonte primordial de inspiração de muitos de seus trabalhos, incluindo Tommy e o cancelado projeto Lifehouse. A canção "Baba O'Riley", composta para Lifehouse e posteriormente lançada em Who's Next, foi nomeada a partir de Meher Baba e do compositor minimalista Terry Riley. Embora os ensinamentos de Baba exijam abstinência de álcool e drogas, Townshend se envolveu em vários escândalos devido ao abuso dessas substâncias.

Perda de audição

Townshend sofre de surdez parcial e tinitus como resultado da exposição frequente à música em volume alto através de fones de ouvido no estúdio e dos amplificadores em concertos.5 Em 1989, ele contribuiu para a fundação da H.E.A.R. (Hearing Education and Awareness for Rockers), organização sem fins lucrativos que atua na divulgação e prevenção de problemas auditivos entre músicos.

Carreira solo

Além de seu trabalho com o Who, Townshend têm gravado esporadicamente como artista solo. Entre 1969 e 1971 ele, juntamente com outros seguidores de Meher Baba, gravou um trio de álbuns obscuros dedicados aos ensinamentos do guru - I Am, Happy Birthday e With Love. Em resposta à ampla pirataria, ele compilou os melhores momentos desses três (e "Evolution", uma colaboração com Ronnie Lane), e lançou seu primeiro álbum solo, Who Came First, de 1972. Who Came First obteve sucesso moderado e trazia demos de canções do Who, além de demonstrações de seu talento ao violão. Pete voltaria a colaborar com Ronnie Lane, baixista do The Faces e também devoto de Meher Baba, em um álbum em dueto (Rough Mix, de 1977). O maior sucesso solo de Townshend, entretanto, veio após a morte do baterista Keith Moon em 1978, com Empty Glass (lançado em 1980). A seguir veio All The Best Cowboys Have Chinese Eyes (1982). Durante o restante dos anos 80 e princípio dos 90, Townshend voltaria aos experimentalismos com a ópera-rock e formatos similares, lançando alguns álbuns baseados em histórias como White City: A Novel (1985), The Iron Man: A Musical (1989) e Psychoderelict (1993). Ele gravou também diversos álbuns ao vivo, incluindo um com o supergrupo Deep End, que apresentou apenas três concertos e um show de TV para angariar fundos para uma organização de caridade de apoio a viciados.

Trabalho literário

Embora mais conhecido por sua carreira musical, Pete Townshend se envolveu ostensivamente com o mundo literário, escrevendo artigos em jornais e revistas, resenhas de livros, ensaios e roteiros.
Em 1977 ele fundou a Eel Pie Publishing, editora especializada em títulos infantis e musicais, além de publicações relacionadas a Meher Baba. O primeiro lançamento foi The Story of Tommy, livro escrito por Townshend em parceria com seu antigo colega de escola de arte Richard Barnes. Tratava da composição da ópera-rock de 1969 e a realização do filme de 1975 dirigido por Ken Russell.
Em 1984, Townshend publicou uma antologia de contos chamada Horse's Neck (13 no Brasil). Em 1993, ele e Des MacAnuff escreveram e dirigiram uma adaptação para a Broadway do álbum Tommy, assim como uma fracassada versão em musical de The Iron Man, baseada no livro de Ted Hughes. Atualmente ele se dedica a completar sua autobiografia.

Retorno ao Who

Desde o final dos anos 80, Townshend vem participando de uma série de concertos e turnês de reunião e despedida com o The Who, incluindo uma turnê em 2002 realizada logo após a morte do baixista Entwistle.
Em setembro de 2005, Townshend deu início a um blog para a divulgação em capítulos de um romance semi-autobiográfico intitulado The Boy Who Heard Music, declarando que a história serviria de pano de fundo ao primeiro álbum de inéditas do Who desde 1982. Em meados de dezembro de 2005, Bill Curbshley, empresário da banda, anunciou para 2006 a última turnê em larga escala do grupo, com datas pela Europa, América do Norte, Japão, Austrália e América do Sul. Em outubro de 2006, Endless Wire foi lançado.

Problemas com a lei

Como parte das investigações da "Operation Ore", Townshend foi acautelado pela polícia britânica em 2003 após usar um cartão de crédito para acessar o website Landslide, que supostamente divulgava pornografia infantil.6 7 Ele afirmou à imprensa e em seu site que estava engajado em uma pesquisa para A Different Bomb (o projeto de um livro atualmente abandonado, baseado em um ensaio antipornografia infantil publicado em seu site em janeiro de 2002), para sua autobiografia e como parte de uma campanha contra a pornografia infantil. A polícia realizou buscas em sua casa e confiscou 14 computadores e outros objetos, e após quatro meses de análises as investigações confirmaram não haver evidências de imagens de abuso infantil entre o material apreendido. Conseqüentemente, a polícia ofereceu o acautelamento, ao invés de entrar com ações legais, divulgando a seguinte declaração: "Depois de quatro meses de investigação pelos departamentos do grupo de proteção infantil da Scotland Yard, foi concluído que o Sr. Townshend não estava de posse de qualquer tipo de imagens de abuso infantil." Em uma declaração divulgada por seu porta-voz,8 Townshend disse, "Eu aceito que errei ao acessar esse site, e, ao fazê-lo, transgredi a lei, e eu aceitei o acautelamento que me foi dado pela polícia." Como conseqüência legal por ter aceito o acautelamento, Townshend foi incluído na lista de "Violent and Sex Offender Register" por cinco anos.9 Normalmente isso seria para impedir viagens para fora do país, mas no caso de Townshend as restrições foram diminuídas, permitindo suas várias apresentações com o The Who desde o recebimento do acautelamento.
Um investigador, em pesquisas posteriores, afirmou que Townshend foi "falsamente acusado".10 Após obter cópias dos discos rígidos do site que originou a acusação e traçar as ações de Townshend, o jornalista investigativo Duncan Campbell escreveu na revista PC Pro, "Sob pressão da mídia em seu encalço, Townshend parece ter confessado algo que ele não fez". Campbell afirma que a única evidência contra Townshend é que ele acessou apenas um site entre os diversos oferecidos pela Landslide, e que este não era ligado à pornografia infantil.11

DISCOGRAFIA

Ao vivo

  • Deep End Live! (1986)
  • A Benefit For Maryville Academy (1999)
  • The Oceanic Concerts (com Raphael Rudd) (2001)
  • Magic Bus - Live From Chicago (2004)

Ao vivo - lançamentos de arquivo

  • Live > Sadler's Wells 2000 (2000)
  • Live > The Empire 1998 (2000)
  • Live > The Fillmore 1996 (2000)
  • Live > La Jolla Playhouse 22/06/01 (2001)
  • Live > La Jolla Playhouse 23/06/01 (2001)
  • Live > Bam 1993 (2003)
  • Live > Brixton Academy '85 (2004)

COLETANEAS

  • Scoop (1983)
  • Another Scoop (1987)
  • Coolwalkingsmoothtalkingstraightsmokingfirestoking - The Best Of Pete Townshend (1996)
  • Lifehouse Chronicles (box set de 6 CDs) (2000)
  • Lifehouse Elements (2000)
  • Scoop 3 (2001)
  • Scooped (2002)
  • Anthology (vulgo Gold) (2005)
  • The Definitive Collection (2007)


HARRY NILSSON

  Harry Edward Nilsson III (15 de junho de 194115 de janeiro de 1994) foi um cantor e compositor americano de grande sucesso na década de 1970. Creditado em todos os seus álbuns, com exceção dos primeiros, como Nilsson, emplacou os singles "Without You", "Everybody's Talkin'" e "Coconut".1
Suas canções apareceram em diversos filmes e programas de televisão, e ele foi premiado por dois Grammys; um por "Melhor Vocal Masculino Contemporâneo" por "Everybody's Talkin'" e outro por "Melhor Vocal Masculino Pop" por "Without You".
Morreu em 1994, vítima de insuficiência cardíaca.2 Foi sepultado no Pierce Brothers Valley Oaks Memorial Park, Westlake Village, Califórnia no Estados Unidos.3

Discografia

Álbuns

  • Spotlight on Nilsson (1966)
  • Pandemonium Shadow Show (1967)
  • Aerial Ballet (1968)
  • Harry (1969)
  • Nilsson Sings Newman (1970)
  • The Point! (1970)
  • Nilsson Schmilsson (1971)
  • Son of Schmilsson (1972)
  • A Little Touch of Schmilsson in the Night (1973)
  • Pussy Cats (1974)
  • Duit on Mon Dei (1974)
  • Sandman (1975)
  • ...That's the Way It Is (1976)
  • Knnillssonn (1977)
  • Flash Harry (1980)
  • Papa's Got a Brown New Robe (1994)

Coletâneas

  • Nilsson - Greatest Hits (1978)
  • Harry Nilsson - All Time Greatest Hits (1989)
  • Personal Best: The Harry Nilsson Anthology (1974)
  • Nilsson: Greatest Hits (1980)
  • Everybody's Talkin': The Very Best of Harry Nilsson (1980)


CASS ELLIOT

Cass Elliot, nome artístico de Ellen Naomi Cohen (Baltimore, 19 de setembro de 1941 - Londres, 29 de julho de 1974), também conhecida como Mama Cass, foi uma cantora estadunidense integrante do The Mamas & The Papas. Antes de pertencer a este famoso grupo fez parte das bandas The Big 3, de 1963 a 1964, e The Mugwumps, em 1964. Com o fim do grupo The Mamas & The Papas, deu início a uma bem-sucedida carreira solo, lançando nove álbuns.
Cass morreu em 29 de julho de 1974 de degeneração gordurosa do miocárdio,1 no auge de sua carreira solo, apesar de ser mais divulgada a lenda urbana que atribui sua morte ao engasgamento com um sanduíche.2 Foi casada duas vezes: com o então colega de banda James Hendricks, (de 1963 a 1968, sendo o casamento sido anulado por nunca ter sido consumado) e com o Barão Donald von Wiedenman (1971 a 1974). Deixou uma filha, Owen Vanessa Elliot, nascida a 26 de abril de 1967. Foi sepultada no Mount Sinai Memorial Park, Los Angeles, Califórnia no Estados Unidos.3

Discografia

The Big 3
  • 1963: The Big 3
  • 1964: Live at the Recording Studio
The Mugwumps
  • 1965: The Mugwumps
Álbuns a solo
  • 1968: Dream a Little Dream
  • 1969: Bubblegum, Lemonade, and... Something for Mama
  • 1969: Make Your Own Kind of Music
  • 1970: Mama's Big Ones
  • 1971: Dave Mason & Cass Elliot
  • 1972: Cass Elliot
  • 1972: The Road Is No Place for a Lady
  • 1973: Don't Call Me Mama Anymore


KEITY MOON

Keith John Moon (23 de agosto de 194617 de setembro de 1978) foi o baterista da banda de rock britânica The Who. Ganhou prestígio por seu estilo inovador e exuberante na bateria e notoriedade por seu comportamento excêntrico e por vezes destrutivo, o que lhe rendeu o apelido de "Moon the Loon" ("Moon, o Lunático"). Moon entrou para os Who em 1964, participando de todos os seus álbuns e singles a partir da estreia do grupo com "Zoot Suit" em 64 até Who Are You, de 1978, lançado três semanas antes de sua morte.
Moon era conhecido por seu estilo de bateria dramático e cheio de suspense, que frequentemente envolvia a omissão de batidas básicas em prol de uma técnica fluída e acentuada, focada em viradas progressivas pelos toms, trabalho ambidestro no bumbo e passadas e ataques selvagens nos chimbaus. Ele é citado pelo Hall da Fama do Rock and Roll como um dos maiores bateristas de rock and roll de todos os tempos.2 E foi postumamente introduzido no Rock Hall em 1990, como membro do The Who.
O legado de Moon, como membro do The Who, como artista solo, e como uma personalidade excêntrica, continuam a colecionar prêmios e reconhecimentos, incluindo um segundo um lugar na lista dos "melhores bateristas de todos os tempos" dos leitores da revista Rolling Stone em 2011,3 Quase 35 anos depois de sua morte.

Inicialmente Moon tocava no mesmo estilo de bandas norte-americanas de surf rock e R&B, utilizando ritmos e preenchimentos de ambos os gêneros, mas tocando mais alto e com muito mais autoridade. Ele também foi bastante influenciado pelo baterista de jazz Gene Krupa. Inspirado numa conversa que teve com Ginger Baker, Moon passou a usar um kit de bateria duplo no final de 1965. Na banda, o guitarrista Peter Townshend mantinha o tempo, já que trabalhava de maneira acentuadamente rítmica, enquanto Moon e o baixista John Entwistle solavam no topo desta base. As composições de Townshend ganhavam vida nova após ele apresentá-las a Moon e Entwistle, que transformavam as músicas em algo completamente novo e inesperado com suas técnicas distintas de tocar.
No começo da carreira do The Who a banda adquiriu a reputação de destruir seus instrumentos no final de cada show. Moon demonstrava um zelo particular quanto a esta atividade, chutando e quebrando sua bateria com vontade.


Moon não tardou a ganhar a reputação de ser uma personalidade destrutiva. Ele era conhecido por acabar com quartos de hotel, casas de amigos e até mesmo sua própria residência, jogando com frequência móveis pelas janelas e destruindo banheiros com fogos de artifício. Estes atos eram quase sempre provocados pelo consumo de drogas e álcool mas, na maioria do tempo, Moon estava simplesmente dando continuidade ao estilo de vida pelo qual se tornou famoso.
Uma das histórias mais conhecidas narra a festa de seu 21º. aniversário: na ocasião, ele conduziu um Lincoln Continental direto para dentro de uma piscina - trata-se de uma controvérsia a veracidade ou não dos fatos, com Tony Fletcher, biógrafo de Moon, negando o episódio, enquanto Roger Daltrey afirma ter presenciado o prejuízo de 50 mil dólares. Mas devido a seu bem conhecido comportamento, não é difícil imaginar como uma história como essa pôde ser propagada.
Em 1970, Moon se envolveu em um incidente na saída de um pub em Londres, quando seu motorista e guarda-costas, Cornelius "Neil" Boland, foi atropelado e morto. Boland havia saído do carro para tentar conter um tumulto quando foi derrubado; Moon, desesperado, guiou para longe dali, só descobrindo quilômetros mais adiante o corpo do motorista preso nas engrenangens do automóvel. Embora um subsequente processo judicial tenha declarado a inocência de Moon, o baterista se culparia pelo acidente pelo resto de sua vida.
O apetite de Moon pela vida alucinada custaria posteriormente a deterioração de suas habilidades na bateria e a confiança de seus companheiros de banda na sua capacidade como instrumentista.


Embora o trabalho com o The Who dominasse a carreira de Moon, ele chegou a participar de alguns projetos paralelos. Em 1966, Keith juntou-se ao guitarrista Jeff Beck do Yardbirds e com os futuros Led Zeppelin Jimmy Page e John Paul Jones para gravar uma instrumental, "Beck's Bolero", lançada no final daquele mesmo ano.
Em 1967, Moon foi convidado pelos Beatles para participar do coro da canção All You Need Is Love, numa apresentação ao vivo na primeira transmissão mundial via-satélite, em 26 países simultaneamente. A apresentação foi transmitida ao vivo do lendário estúdio Abbey Road e contou também com as participações de Mick Jagger, Eric Clapton, Marianne Faithfull e Graham Nash no coro do refrão da música.
Em 1975 ele lançou seu primeiro e único álbum solo, uma coleção de covers de canções pop chamada Two Sides of the Moon. Curiosamente Moon resolveu assumir o papel de cantor, enquanto a bateria foi relegada a outros músicos, como Ringo Starr e Jim Keltner.
Em 1971 Moon fez uma participação especial no filme 200 Motels de Frank Zappa. Ele voltaria às telas com That'Il Be the Day de 1973, e também no filme Tommy, de 1975.


A última noite de Keith Moon foi como convidado de Paul McCartney na estréia do filme The Buddy Holly Story. Depois de jantar com Paul e Linda McCartney, Moon e sua namorada, Annette Walter-Lax, deixaram a festa mais cedo e retornaram a seu apartamento em Curzon Place, Londres. Ele morreu dormindo, consequência de uma overdose do medicamento que ele estava usando em seu tratamento contra o alcoolismo. O laudo do legista apontou 32 pílulas de Heminevrin em seu organismo, 26 delas ainda não dissolvidas. O apartamento na Curzon Place havia sido emprestado a Keith por seu amigo Harry Nilsson. Coincidentemente, "Mama" Cass Elliot (vocalista do The Mamas and The Papas) morrera no mesmo apartamento quatro anos antes. Amargurado com a perda de dois amigos, Nilsson nunca mais retornou ao local, posteriormente vendendo o apartamento a Pete Townshend.4