O muro de Berlim foi o maior símbolo da divisão do mundo entre bloco ocidental e oriental. O primeiro, liderado pelos Estados Unidos, tinha o capitalismo como sistema econômico. Já o segundo, encabeçado pela antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), era adepto do socialismo.
QUEDA DO MURO DE BERLIM |
Esta configuração do mundo formou-se após o término da Segunda Guerra Mundial,
que durou de 1939 a 1945. Ao final da guerra, dois países saíram
fortalecidos: os EUA e a URSS. Com a polarização destas potências, são
iniciados confrontos indiretos e disputas estratégicas entre as duas
nações. Este fenômeno ficou conhecido como Guerra Fria.
Desta forma, diversas alterações no panorama geopolítico começam a
surgir, pois os dois países soberanos tentavam ampliar sua influência em
todas as nações. Neste contexto, o muro de Berlim foi construído no ano
de 1961 através da Alemanha Oriental, separando a Alemanha Ocidental
(capitalista). Porém, tal estrutura não separou somente o território
alemão, mas dividiu famílias. Além do aspecto ideológico da construção,
havia o objetivo de impedir a fuga de cidadãos para a Alemanha
Ocidental, que recebeu mais de dois milhões de pessoas do lado
socialista entre 1949 e 1961.
O muro de Berlim tinha 156 km de extensão e cerca de trezentas torres
militares para observação do movimento nos arredores. Fora isso, era
protegido por cães policiais e cercas eletrificadas. De acordo com
alguns historiadores, o número estimado de pessoas que morreram tentando
passar de um lado para o outro é 80.
Da mesma forma que foi o símbolo do começo da Guerra Fria, também foi
ícone do seu fim. Nos últimos anos da década de 80, a URSS entrou em
colapso e diversas manifestações começam a surgir nas duas partes da
Alemanha, reivindicando a destruição do muro de Berlim. Naquele mesmo
ano, populares portando marretas e outras ferramentas derrubaram o muro
em um protesto televisionado para o mundo todo. Com a queda da barreira
geográfica, inicia-se um processo que termina na reunificação da
Alemanha no mês de outubro de 1990.
A importância da história do muro de Berlim foi retratada por diversos cineastas. Uma obra interessante sobre o assunto é o longa-metragem Adeus, Lênin, de 2003.
Na história, uma mulher entra em coma poucos dias antes da queda do muro
e acorda após a vitória do capitalismo na Alemanha. Seu filho, para
evitar que os problemas da mãe piorem com a brusca mudança do cenário
político, conspira com amigos e familiares com o objetivo de criar uma
falsa realidade para a mulher, na qual o país continua separado.
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