Nascido em Gand, na Bélgica,
em 1943, Mortier estudou Direito e Comunicação mas a música e o teatro
eram a sua grande paixão. Dirigiu alguns dos mais importantes teatros da
Europa, como o Teatro Real de la Monnaie, em Bruxelas (1981-1992), o
Festival de Salzburgo (1992-2001) e a Ópera de Paris (2004-2009), até ir
dirigir o Teatro Real de Madrid, em 2010.
O El Pais define-o como "um agitador absoluto". "Polemista insaciável, visionário em muitas das suas propostas", foi o responsável por diversos espetáculos de sucesso, como por exemplo a montagem de 'Così fan tutte', de Mozart, que produziu em Madrid, no ano passado, com o realizador Michael Haneke.
O cineasta comentou ao El Pais que Mortier lhe deu "a oportunidade de trabalhar com uma seriedade verdadeira, e não como é comum na ópera: pouco tempo, alteração constante de cantores... É terrível, não é dessa forma que quero fazê-lo. Com Gerard não é assim. Ele é um amigo dos artistas e isso é importantíssimo para trabalhar".
Também o encenador Bob Wilson tem boas recordações de Gerard Mortier, com quem trabalhou no Festival de Salzburgo: "Tinha um compromisso incrível com o seu trabalho. Fazia o que ninguém tinha feito antes. Corria riscos." Interessava-se por literatura, teatro, artes plásticas, música. Queria saber o que os jovens andavam a fazer. "Era um visionário inigualável", conclui.
Quando soube da sua morte, o presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob lembrou no Twitter o "grande diretor de ópera inconformado e inovador". E outro colaborador habitual, o encenador Luc Bondy, disse à AFP que, apesar de Mortier não ser "uma figura consensual", ele "foi muito importante para a ópera porque fez com que muitas coisas acontecessem".
O El Pais define-o como "um agitador absoluto". "Polemista insaciável, visionário em muitas das suas propostas", foi o responsável por diversos espetáculos de sucesso, como por exemplo a montagem de 'Così fan tutte', de Mozart, que produziu em Madrid, no ano passado, com o realizador Michael Haneke.
O cineasta comentou ao El Pais que Mortier lhe deu "a oportunidade de trabalhar com uma seriedade verdadeira, e não como é comum na ópera: pouco tempo, alteração constante de cantores... É terrível, não é dessa forma que quero fazê-lo. Com Gerard não é assim. Ele é um amigo dos artistas e isso é importantíssimo para trabalhar".
Também o encenador Bob Wilson tem boas recordações de Gerard Mortier, com quem trabalhou no Festival de Salzburgo: "Tinha um compromisso incrível com o seu trabalho. Fazia o que ninguém tinha feito antes. Corria riscos." Interessava-se por literatura, teatro, artes plásticas, música. Queria saber o que os jovens andavam a fazer. "Era um visionário inigualável", conclui.
Quando soube da sua morte, o presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob lembrou no Twitter o "grande diretor de ópera inconformado e inovador". E outro colaborador habitual, o encenador Luc Bondy, disse à AFP que, apesar de Mortier não ser "uma figura consensual", ele "foi muito importante para a ópera porque fez com que muitas coisas acontecessem".
Carreira acadêmica e prêmios
- Professor de Ciências da Comunicação, Universidade de Ghent , na Bélgica
- Doutorado honorário da Universidade de Antuérpia , Bélgica
- Doutorado honorário da Universidade de Salzburg , na Áustria
- Medalha Nacional de honra da Bélgica
- Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha (1991)
- Francês Commandeur des Arts et des Lettres
- Membro da Academia de Artes de Berlim
- Medalha de Ouro do Círculo de Bellas Artes de Madrid
- Humanitas professor visitante de Estudos Opera na Universidade de Oxford [8]