Edith Giovanna Gassion nasceu em Paris em 1915, foi uma cantora e
letrista francesa. Sua vida foi marcada pela desgraça desde o início de
sua vida, fato que exerceu uma influência decisiva em seu estilo
interpretativo, lírico e lancinante ao mesmo tempo. Devido a seu aspecto
frágil ganhou o apelido que a fez ficar famosa internacionalmente: Piaf
(pardal).
Filha de um contorcionista acrobata e de uma cantora de cabaré, sua
infância foi muito triste. Seus pais separaram-se cedo, sua mãe,
alcoólatra e doente, deixou a custódia de Edith com seu pai (também
alcoólatra) e a avó paterna. Em função da precária situação econômica da
família, Edith ganhava umas moedas cantando nas ruas e cafés de Paris.
A situação piorou quando Edith, aos 16 anos, ficou grávida. Em 1932,
teve uma filha chamada Marselle, que morreu com dois anos. A vida da
cantora ficou marcada por esta tragédia. Piaf continuou cantando nos
cafés e clubes da Rua Pigalle, nos bairros menos recomendados à
visitação na Paris daquela época.
Sua vida mudou quando, cantando na rua, um elegante pedestre parou
para ouvi-la. Aquele homem era Louis Leplée, proprietário do cabaré
Gerny’s, um dos mais conhecidos de Paris. Depois de um pequeno teste,
Edith foi imediatamente contratada. O sucesso não demorou a chegar e
ficou conhecida como “Mome Piaf” (pequeno pardal). O próprio Leplée
instruiu Piaf para que esta se tornasse uma grande figura do cabaré. Em
1937, nascia uma nova estrela: Edith Piaf.
Contudo, a vida voltou a castigar a jovem Piaf, visto que Leplée foi
encontrado morto no clube que dirigia. A cantora foi suspeita do
assassinato. A imprensa a acusou e a elite parisiense lhe voltou as
costas. Assim, Edith Piaf voltou a misturar-se com as pessoas dos piores
bairros de Paris, levando uma vida desregrada.
Sua consagração aconteceu depois do fim da Segunda Guerra Mundial,
quando se tornou a musa de poetas e intelectuais da Paris
existencialista e ganhou a admiração incondicional do público. Piaf
voltou aos grandes cenários da França, da Europa e da América. Ficou
amiga de Marlene Dietrich e se tornou a grande dama da canção francesa,
ajudando talentos emergentes como Charles Aznavour, Georges Moustaki,
Yves Montand e relacionando--se com intelectuais como Jean Cocteau.
Em 1946, foi para New York e conheceu o grande amor da sua vida, o
boxeador Marcel Cerdan, morto em 1949, quando o avião em que viajava
caiu. Isto causou em Edith uma profunda depressão, superada através de
álcool e tranquilizantes. Esta foi, porém, a época de seus grandes sucessos: La vie em rose e Le trois cloches.
Em 1950, colaborou com Charles Aznavour em canções como Jezébel. Este
também foi o ano em que triunfou no Olympia e, em 1956, também o fez no
Carnegie Hall, em New York. Depois de um acidente, Piaf ficou
desfigurada e tornou-se viciada em morfina. Uma longa lista de doenças
foram diagnosticadas e, em 1959, constataram que a cantora tinha câncer.
Em seus últimos anos, a cantora viveu longe dos palcos junto com seu
novo marido, o grego Theo Lambukas. Em junho de 1961, Edith foi premiada
pela Academia Charles Cross pelo conjunto de sua obra. Morreu em
Provence em 1964. Em seu enterro, o cortejo fúnebre foi acompanhado por
mais de 40.000 pessoas.
Dentre as muitas canções que popularizou podemos destacar: Mon
légionnaire, Je ne regrette rien, La vie em rose, Lês amants de Paris,
Haymne a l’amour, Mon dieu e Milord.
EDITH PIAF |
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