Atuou em importantes clubes do Brasil. Foi titular da Seleção Brasileira de Futebol tricampeã mundial na Copa do Mundo FIFA de 1970, no México. Começou sua carreira nas categorias de base do Corinthians, jogando no time profissional de 1965 a 1974, e então se transferiu para o Fluminense, onde jogou até 1978.
Jogador extraclasse, de técnica apurada na perna esquerda que lhe permitia um futebol brilhante de lançamentos longos e passes precisos, potentes chutes de longa e meia distância, foi também exímio cobrador de faltas.
Diego Maradona, em várias entrevistas, o considerou o melhor jogador que viu jogar. É considerado o maior jogador da história do Corinthians.2
Carreira
Nascido numa família de imigrantes italianos da localidade de Macchiagodena (Isernia), começou sua carreira como amador no Clube Atlético Indiano na capital paulista3Corinthians
Sua carreira profissional teve início no Corinthians, onde tornar-se-ia um de seus maiores ídolos, após ser recusado em uma "peneira" no arquirrival do Timão, o Palmeiras. Por isso, sempre fazia questão de jogar bem contra o Palmeiras, para mostrar a esse clube o erro que cometeu.Foi com a camisa do Corinthians que o "Reizinho" marcou mais gols (141) em toda sua carreira.
Como jogador do Corinthians foi a época na qual Rivellino fez mais sucesso na seleção brasileira, foi um dos destaques da seleção que venceu a Copa de 1970 e recebeu o apelido dos mexicanos de "Patada Atômica"; e foi o camisa 10 do Brasil de 1974, sendo um dos poucos jogadores brasileiros que apresentaram um bom futebol nessa Copa.
Quando foi campeão do mundo em 70, Rivellino teria declarado que trocaria aquela glória por um simples título de campeão paulista pelo Corinthians. Coisa que, em dez anos de clube, ele jamais conseguiu.
Teve essa chance na decisão de 1974 (ano em que também foi o principal jogador da seleção, na Copa do Mundo), contra o Palmeiras. Mas, como todo o time, jogou mal. Nos dias seguintes à perda do título, a diretoria do clube, que precisava de um bode expiatório, elegeu Rivellino como culpado. E negociou o seu passe com o Fluminense. Partiu deixando um duplo sentimento de revolta e agradecimento no fundo do seu coração corintiano.
Pelo Corinthians, conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1966.
Em 2014, foi convocado para o 1º jogo oficial da Arena Corinthians, em que o elenco atual jogava contra jogadores corinthianos de várias épocas. Na partida, Rivellino marcou o 1º gol da arena.4 5 Em 24 de maio desse mesmo ano, foi homenageado pelo Corinthians com a inauguração de seu busto no Parque São Jorge.6
Portuguesa
Em 1972, o Corinthians cedeu Rivellino por empréstimo para a Portuguesa para atuar em um jogo amistoso em comemoração à inauguração do Estádio do Canindé. O jogo foi contra a equipe do FK Željezničar Sarajevo, da Bósnia e Herzegovina (que, na época, pertencia a antiga Iugoslávia). Rivellino atuou cerca de 40 minutos a fez um dos gols na vitória da Portuguesa por 2 a 0. O gol, curiosamente, foi feito com o pé direito, ao invés de sua famosa canhota.7Fluminense
Rivellino estreou no Fluminense em 8 de fevereiro de 1975, num amistoso, em pleno sábado de Carnaval, justamente contra o seu ex-time. O resultado foi 4 a 1 para os cariocas, com três gols seus.O Fluminense na época foi chamado de "Máquina Tricolor", sendo considerado uma das melhores equipes da época do futebol nacional, conquistou o bicampeonato estadual (75/76) e foi por duas vezes semifinalista do campeonato brasileiro: em 1975, perdeu para o Internacional, e em 1976 para o Corinthians, no jogo em que houve a famosa Invasão Corintiana.
Além de Rivellino, havia outros grandes craques, como Paulo César Lima, Doval, Pintinho, Carlos Alberto Torres, Dirceu e Edinho, entre outros, numa equipe que vivia se exibindo pelo mundo em grandes torneios internacionais.
Teve várias atuações de destaque pela equipe carioca, sendo que em um jogo contra o Vasco da Gama, marcou o gol mais famoso de sua carreira, aplicando o "drible elástico" no volante Alcir, da equipe cruzmaltina, e passando por mais dois jogadores cruzmaltinos antes de fazer o gol da vitória tricolor.
No Fluminense, Rivellino atuou de 1975 a 1978.
New York Cosmos
Em 1978, Rivellino disputou um amistoso pela equipe estadunidense do New York Cosmos8 9 contra a equipe espanhola do Atlético de Madrid. Os espanhóis venceram por 3 a 1, sendo que o gol do Cosmos foi anotado por Rivellino.10São Paulo
Ainda no mesmo ano, no dia 22 de setembro de 1981, logo após encerrar oficialmente sua carreira futebolística, disputou uma partida como jogador do São Paulo contra a Seleção da Arábia Saúdita. O jogo foi um amistoso, realizado no Morumbi.11 12Seleção Brasileira
Na Copa do Mundo de 1970, Rivellino, foi um dos destaques da Seleção Brasileira tricampeã do mundo no México em 1970, seleção esta que é tida por muitos como o melhor time de futebol já formado no mundo.Nessa época, Rivellino angariou um grande número de fãs internacionais, sendo talvez o mais famoso deles o argentino Diego Maradona, que o tinha como ídolo e exemplo em sua infância. Diego se entusiasmara pelas jogadas com a perna esquerda, já que Rivellino era canhoto como ele. Também gostava da sua postura rebelde dentro de campo, sempre de cabelos longos, gesticulando e incentivando seus companheiros.
Depois da Copa de 1970, Rivellino ainda seria campeão pela Seleção Brasileira do Torneio "Mini-Copa", disputado no Brasil em 1972.
Na Copa de 1974, apesar de continuar se destacando e marcando belos gols, como o que fez contra a Alemanha Oriental ao cobrar uma falta extremamente precisa, mandando a bola numa brecha da barreira aberta por Jairzinho que se abaixou na hora certa, seria prejudicado pela fraca campanha da equipe.
Em 1978 seria convocado para sua terceira Copa, mas acabou ficando na reserva na maior parte da competição, por estar machucado.
Jogadas famosas
Rivellino teria começado seu futebol jogando em quadras, na modalidade conhecida por Futsal. Graças a essa origem, desenvolveu uma série de jogadas curtas com a perna esquerda que viriam a fazer grande sucesso nas categorias de base do Corinthians, mais tarde no time principal.É tido como o inventor do drible "elástico", que consiste em fazer um movimento de vaivém com a bola usando o mesmo pé. Mas o próprio Rivellino já disse, por diversas vezes, que copiou o drible de um colega do futsal, de origem japonesa, o ex-camisa 8 do Corinthians Sérgio Echigo. Foi com a camisa do Fluminense, contra o Vasco da Gama que o drible elástico ficou eternizado no imaginário popular.
Excelente cobrador de faltas, chamava a atenção pelos potentes tiros desferidos com a perna esquerda. Na Copa do Mundo de 1970, o primeiro gol da seleção brasileira foi feito por ele, em uma cobrança de falta contra a Tchecoslováquia.
Apelidos
- Garoto do Parque, apelido que ganhou logo após ser revelado pelas divisões de base do Corinthians;
- Reizinho do Parque, dado pelo jornalista esportivo Antônio Guzmán na década de 1960, em sua época majestosa de Corinthians;
- Patada Atômica, chamado assim pelos mexicanos na campanha da Seleção Brasileira na Copa de 1970, por seus potentes chutes de canhota. Outros dizem que esse apelido foi dado pelo locutor Waldyr Amaral, durante a Copa do Mundo de 1970;
- Bigode: chamado assim pelos colegas futebolistas. Quando jogador, tinha 1,71 m e 75 kg e atraía muito a atenção seu bigode, que começou a usar a partir de 1971 e que o manteve até então.
- Riva: Utilizado carinhosamente por torcedores do Fluminense, o apelido é uma abreviação do seu sobrenome.
- Curió das Laranjeiras: Um apelido concedido no tempo em que jogou no Fluminense, fazendo referência a sua paixão por curiós e ao nome do bairro da cidade do Rio de Janeiro onde se localiza o Fluminense.13
Títulos
- Seleção brasileira
- Copa do Mundo FIFA: 1970
- x Copa Roca (atual Superclássico das Américas): 1971 e 1976
- Taça Independência: 1972
- Torneio Bicentenário dos Estados Unidos: 1976
- Corinthians
- x Torneio Rio-São Paulo: 1966
- Copa Cidade de São Paulo: 1975
- Torneio do Povo: 1971
- Torneio Laudo Natel: 1973
- Fluminense
- Al-Hilal
- Campeonato Saudita: 1978-79
- Copa do Príncipe: 1979-80
Campanhas de destaque
- Seleção brasileira
- / Copa do Mundo FIFA: 1978 (3º lugar) e 1974 (4º lugar)
- Corinthians
- Campeonato Brasileiro: 1971 (4º lugar) e 1972 (4º lugar)
- Campeonato Paulista: 1974 (2º lugar)
- Fluminense
- Campeonato Brasileiro: 1975 (3º lugar) e 1976 (4º lugar)
Outras conquistas
- Seleção brasileira
- x Copa Rio Branco: 1976
- x Taça Oswaldo Cruz: 1976
- Taça do Atlântico: 1976
- Mundialito de Cáli: 1977
- Copa Pelé: 1989
- Corinthians
- Copa Cidade de Turim: 1966,1969
- Torneio da Costa do Sol: 1969
- Troféu Apolo V: 1969
- Pentagonal do Recife: 1965
- Triangular de Goiânia: 1967
- Taça Piratininga: 1968
- Fluminense
- Torneio Viña del Mar: 1976
- Torneio de Paris: 1976
- Troféu Teresa Herrera: 1977
- Taça Amadeu Rodrigues Sequeira (3° turno do Campeonato Carioca): 1976
- Copa Governador Faria Lima: 1977
- x Copa Vale do Paraíba: 1977
Prêmios individuais
- FIFA 100: 2004
- All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA: 1970
- Bola de Prata da Revista Placar: 1971
- Craque do time das estrelas da Copa do Mundo: 1970
- 3º Melhor Futebolista Sulamericano do ano: 1973
- 3º Futebolista Sulamericano do ano: 1976
- 2º Melhor Futebolista Sulamericano do ano: 1977
- Hall da fama do futebol internacional - International Football Hall of Fame (IFHOF): 1997
- 13º Maior jogador Brasileiro do Século XX pela IFFHS: 1999
- 32º Maior jogador sulamericano do século : 1999
- 100 Maiores Craques do Século - World Soccer (Leitores): 1999
- Premio Golden Foot Award (Lenda do Futebol): 2006
- 49 Maiores jogadores de todos os tempos - World Soccer (Júrados): 2010
Seleção da América do Sul de todos os tempos
Foi escolhido ainda para integrar a seleção da América do Sul de todos os tempos. A enquete foi realizada com cronistas esportivos de todo o mundo.[carece de fontes]Jogador | País |
---|---|
Ubaldo Fillol | Argentina |
Carlos Alberto Torres | Brasil |
Elías Figueroa | Chile |
Daniel Passarella | Argentina |
Nílton Santos | Brasil |
Gérson | Brasil |
Alfredo Di Stéfano | Argentina |
Roberto Rivelino | Brasil |
Didi | Brasil |
Garrincha | Brasil |
Pelé | Brasil |
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